
Ontem, amanheci na mesma cama de todos os dias, e debaixo de cobertas intermináveis, teimei a abrir meus olhos para contemplar o dia. Que já raiava posto que ao abrir um olho de cada vez, podia ver os raios que atravessavam os pequenos frisos da janela.
Eu e minhas cobertas... já disse que sinto muito frio??? Agora já está dito.
Bem, algo inexplicável dentro de mim, que faz questão de me acordar todos os dias, teimava com a minha preguiça que aquela já era hora de deixar meu ninho. Impressionante como brigamos com nós mesmos por motivos totalmente desconhecidos.
E assim foi essa guerrinha por minutos, horas... até que a preguiça desistiu, mas já não importava, pois não era mais cedo e sim tarde.
E que dia!!! Estava mesmo lindo, e ficava ainda mais a cada janela que eu abria. E então, quando percebi, a casa já estava toda iluminada. Ela sempre parece maior quando está iluminada... talvez por conta do reflexo nas paredes brancas.
Depois de listar em minha mente todos os afazeres do dia, resolvi sair e me encontrar com o sol, cara a cara.
Me pus a caminhar pelas ruas próximas, vendo os passantes para lá e para cá, tentando resolver as minhas pendências de forma que sobrasse tempo para contemplar o dia. Senti como aquele fosse realmente o primeiro dia do ano, ao menos foi o primeiro a ter tocado meu coração. Resolvi então que este seria um dia especial, e para isso resolvi buscar algo que a muito se perdia: momentos de suavidade, de delicadeza, de paz e doçura.
Lembrei então que poderia começar pela jardineira da varanda, ela me parecia sempre tão triste. Lembrei-me de quando cheguei a essa cidade, ainda haviam flores, lindas flores, pequenas e delicadas, pareciam pequenos buquezinhos, mas elas foram secando e depois destas já não nasceram mais nenhuma. E então ficaram apenas pezinhos secos com algumas folhinhas verdes e mais nada de flores.
Entrei então no mercado e comecei a namorar cada vaso de planta, imaginado eles colorindo a jardineira. Escolhi apenas dois, uma azaléia dobrada cuja cor de suas pétalas iam do branco ao rosa-lilás... linda, suave, cheia de flores e ainda mais, botões, que me garantiriam lindas flores em um futuro próximo. Mas não são apenas as flores que nos trazem alegria... encontrei também uma pequena moita, de aspecto longilíneo, firme. Suas folhas de cores muito vivas iniciavam num amarelho ao centro chegando ao verde nas pontas. Estava feliz e renovada, como se estivesse começando algo importante.
Mas quando já estava de saída um barulho me assustou, era a chuva que caira de repente, sem avisos, sem receios, uma chuva de verão. Olhei para os lados e todos estavam parados e com receio de ficarem encharcados, se escondiam debaixo das marquises. Não havia chapéu, ninguém esperava aquela chuva, apenas os motoritas de carro continuavam a perambular, até mesmo os motoqueiros e os entregadores em bicicletas aguardavam.
Mas eu não resolvi aguardar... não estava com pressa, apenas resolvi sentir a chuva batendo no rosto, deliciosa, morna. Parecia evaporar ao tocar em minha pele. Simples momentos, inesquecíveis, ótima maneira de começar um ano....
Eu e minhas cobertas... já disse que sinto muito frio??? Agora já está dito.
Bem, algo inexplicável dentro de mim, que faz questão de me acordar todos os dias, teimava com a minha preguiça que aquela já era hora de deixar meu ninho. Impressionante como brigamos com nós mesmos por motivos totalmente desconhecidos.
E assim foi essa guerrinha por minutos, horas... até que a preguiça desistiu, mas já não importava, pois não era mais cedo e sim tarde.
E que dia!!! Estava mesmo lindo, e ficava ainda mais a cada janela que eu abria. E então, quando percebi, a casa já estava toda iluminada. Ela sempre parece maior quando está iluminada... talvez por conta do reflexo nas paredes brancas.
Depois de listar em minha mente todos os afazeres do dia, resolvi sair e me encontrar com o sol, cara a cara.
Me pus a caminhar pelas ruas próximas, vendo os passantes para lá e para cá, tentando resolver as minhas pendências de forma que sobrasse tempo para contemplar o dia. Senti como aquele fosse realmente o primeiro dia do ano, ao menos foi o primeiro a ter tocado meu coração. Resolvi então que este seria um dia especial, e para isso resolvi buscar algo que a muito se perdia: momentos de suavidade, de delicadeza, de paz e doçura.
Lembrei então que poderia começar pela jardineira da varanda, ela me parecia sempre tão triste. Lembrei-me de quando cheguei a essa cidade, ainda haviam flores, lindas flores, pequenas e delicadas, pareciam pequenos buquezinhos, mas elas foram secando e depois destas já não nasceram mais nenhuma. E então ficaram apenas pezinhos secos com algumas folhinhas verdes e mais nada de flores.
Entrei então no mercado e comecei a namorar cada vaso de planta, imaginado eles colorindo a jardineira. Escolhi apenas dois, uma azaléia dobrada cuja cor de suas pétalas iam do branco ao rosa-lilás... linda, suave, cheia de flores e ainda mais, botões, que me garantiriam lindas flores em um futuro próximo. Mas não são apenas as flores que nos trazem alegria... encontrei também uma pequena moita, de aspecto longilíneo, firme. Suas folhas de cores muito vivas iniciavam num amarelho ao centro chegando ao verde nas pontas. Estava feliz e renovada, como se estivesse começando algo importante.
Mas quando já estava de saída um barulho me assustou, era a chuva que caira de repente, sem avisos, sem receios, uma chuva de verão. Olhei para os lados e todos estavam parados e com receio de ficarem encharcados, se escondiam debaixo das marquises. Não havia chapéu, ninguém esperava aquela chuva, apenas os motoritas de carro continuavam a perambular, até mesmo os motoqueiros e os entregadores em bicicletas aguardavam.
Mas eu não resolvi aguardar... não estava com pressa, apenas resolvi sentir a chuva batendo no rosto, deliciosa, morna. Parecia evaporar ao tocar em minha pele. Simples momentos, inesquecíveis, ótima maneira de começar um ano....
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