quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Sem sentido ( Por Lucia Gama)

Que estranha mania
De querer te encontrar
Te olhar todo dia
E poder te escutar

Suas palavras me prendem
Mesmo quando sem sentido
É tua boca que vejo
Pode ter certeza disso

E seus olhares me invadem
Me queimam inteira
Me balançam, me estremessem
E de uma certa maneira

Posso dizer meu rapaz
Que tento fugir de primeira
Nem tento olhar para trás
Para não ser pega em sua teia

E se não entende qual o motivo
Dessa fuga sem sentido
Posso lhe afirmar é medo
De não encontrar o caminho

Mas que caminho é esse?
Com certeza vai me perguntar
É o caminho de casa
Onde você não está.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

E o que eu vejo? (Por Lucia Gama)

E o que eu vejo?
Um sorriso gostoso
Um pouquinho de lado
Traços de um menino maroto

Recordações de uma infância
Daquela coisa boa
De quem fica feliz
Por coisa à toa

O seu olhar me procura
Me caça, me busca
Me chama de longe
Impedindo que eu fuja

Seu beijo fascina
Seu toque arrepia
E o meu corpo domina
Ele nem imagina

O que faço com esse moço?
Que me da tanto gosto
Que está sempre disposto
A me fazer tão feliz.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009


Eu vi o sol nascer ( por Lucia Gama)

Eu via o sol nascer
enquanto os corpos se entrelaçavam
quentes, enlouquecidos,
cheios de desejo

Eu via o sol nascer
enquanto os laços se arrebentavam,
as bocas ardentes procurando uma a outra
e as vezes não se encontravam

Eu via o sol nascer
enquanto a pele ardia
e já não se sabia se o calor
que queimava era do sol ou de nós mesmos

Eu via o sol nascer
enquanto o corpo suava
e as peles deslizavam
sem nenhuma hesitação

Eu via o sol nascer
mesmo quando os olhos se fechavam
quando os comandos falhavam
e sons já estavam distorcidos

E de repente o sol nasceu
tão quente, tão vivo
parecia infinito
com seu sorriso mais bonito
o seu corpo sobre o meu

E o calor se tornou brando
e o coração se tornou manso
em um momento de descanso
dos seus lábios e os meus